Blogger Dicesar K.

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A existência do homem é um fator de muitas indagações. Teria o homem surgido do macaco? Ou quem sabe de uma explosão cósmica? A existência do homem continua a ser um mistério para muitas pessoas.
O surgimento do homem, segundo as Sagradas Escrituras, foi do pó da terra, onde o mesmo recebeu o sopro da vida, tornando-se alma vivente (Gn 2:7). Deus deu ao homem a liberdade de atuação e todas as coisas foram sujeitas para que o homem pudesse dominar e cuidar.
Podemos observar que o homem gozava de uma comunhão com Deus (Gn 3:8b). Passou o tempo, Adão e Eva desobedeceram a Deus e foram tirados do jardim do Éden e, daí em diante, foi quebrado um dos mais perfeitos relacionamentos entre o Criador e a criatura. A quebra desse relacionamento gerou a crise da existência humana. O homem perdeu o vínculo com seu Criador e passou a viver uma vida limitada sem saber, na realidade, o que faz neste universo. Não sabe qual é o verdadeiro sentido da vida, não tem noção da vida abundante que o Criador deseja que tenha.
Se forem indagadas sobre o que é ter uma vida abundante, muitas pessoas dirão:
- é ter uma família unida;
- é ter um carro novo;
- é estar bem empregado e ganhando um bom salário.
Instalou-se uma crise no interior do homem, um vazio se formou. Este vazio é o sentimento perdido no Jardim do Éden. O homem tem procurado preencher esse vazio com várias coisas, como poder, glória, reconhecimento, status, posse de bens materiais, bebidas, drogas, sexo, etc.
Todas essas coisas são aparentes, paliativas e distorcem o verdadeiro sentido da vida. São coisas periféricas e vivemos muitas vezes em função delas.
Quantas pessoas estão achando e acreditando que têm uma vida abundante porque possuem os itens acima citados?
Não quero dizer que é errado possuir essas coisas, mas a essência da vida não se resume a isso. Parece até uma decepção falar de tudo isso, até porque existem muitas pessoas que estão com suas vidas edificadas sobre tais coisas.
Cabe, então, fazer uma pergunta: qual é a essência da vida? Qual o sentido da vida abundante que Jesus relatou no Evangelho de João, capítulo 10, versículo 10? A vida abundante que Jesus nos propõe é uma vida que tem sentido. Sabemos de onde viemos e para onde iremos. Sabemos e compreendemos que a nossa existência aqui neste mundo é para refletirmos a glória de Deus e servirmos, para que o nome de Jesus seja glorificado em nossas vidas.
A vida abundante é contrária ao que a sociedade apresenta a nós e até mesmo ao que muitas igrejas têm apresentado. A vida abundante está relacionada com o servir e se entregar por uma causa justa. É abrir mão do que temos e possuímos para juntar tesouros no céu.
Jesus deixou claro para nós que a vida é mais importante do que qualquer outra coisa. “Do que adianta o homem ganhar o mundo inteiro se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma?” (Mt 16:26).
Às vezes, fico pensando em qual seria o sentido da vida para madre Tereza de Calcutá, para o apóstolo Paulo e para muitos outros que se doaram pela causa do Evangelho. O Espírito Santo pode gerar a verdadeira vida em nós e, ao mesmo tempo, nos libertar desta vida medíocre que levamos.
“Examinais as Escrituras porque vós cuidais ter nela a vida eterna. E não quereis virdes a mim para terdes vida”. (Jo 5:39-40).
A Palavra de Deus ministrada a nós nesses dias não é mera palavra, mas palavra de vida, viva, eficaz, apta para discernir os pensamentos e intenções do coração, e ela não voltará vazia, antes fará o que apraz ao coração de Deus e prosperará naquilo para o que foi enviada. Deus envia Sua Palavra para nos exortar, orientar e consolar. É uma palavra capaz de transformar as nossas vidas neste dia que se chama hoje.
Não somos capazes de mudar por nós mesmos, mas a Palavra pode gerar esta transformação. O desejar uma vida abundante é comprometer-se com a Palavra de Deus.
Recebamos de graça desta vida abundante e demos lugar para que a voz de Deus seja soberana em nossas vidas. Deus deseja mexer com certas sujeiras que estão decantadas em nossos corações, e quando a voz de Deus, comparada com a voz de muitas águas, começa a falar conosco, cria um certo turbilhão e a tendência é a sujeira ir para a superfície. Dessa forma, percebemos quanta sujeira temos em nossos corações. Conforme Deus vai falando, a tendência é transbordar essa água, a sujeira sair e passarmos a ter uma experiência de um fluir de água limpa e clara em nossas vidas.
Por Ailton Jacb de Oliveira

Deputados Evangélicos: um alerta.

Bancada Evangélica na Câmara Federal

A bancada evangélica da Câmara dos Deputados ampliou recentemente a visibilidade ao assumir o controle da Comissão de Direitos Humanos. Mas a aparente demonstração de força esconde um bloco de 66 deputados disperso entre 16 partidos e 24 igrejas, com articulação quase nula em votações.


Contrariando a percepção de que os evangélicos tem uma representação exagerada, o percentual da bancada sobre o total da Câmara (15%), é menor do que a população que se declarou evangélica no mais recente Censo do IBGE, 22,2% -embora tenha mais do que duplicado com relação à legislatura anterior, quando contava com 36 deputados.

Com raras exceções, a atuação da bancada evangélica está longe de ser suprapartidária. Há alguns dias, por exemplo, deputados do bloco estiveram no centro do embate entre governo e oposição por causa da Medida Provisória dos Portos.

O deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG) apresentou uma emenda ao texto original tachada de "Tio Patinhas" pelo também evangélico Anthony Garotinho (PR-RJ). O detalhe é que ambos são da Igreja Presbiteriana.
Garotinho, aliás, já foi processado por Benedita da Silva (PT-RJ), também evangélica, por danos morais. E é rival declarado de Eduardo Cunha (PMDB), ligado à igreja Sara Nossa Terra.

A deputada petista, por sua vez, é historicamente ligada aos movimentos negros, ferozes críticos de Marco Feliciano (PSC-SP), processado por racismo ao dizer que os africanos sofrem de uma maldição bíblica.
Entre as bancadas por denominação, a única coesa é a da Igreja Universal do Reino de Deus: todos os seis deputados federias estão filiados ao Partido da República.

DESTAQUE
Senador Magno Malta faz parte da bancada Evangélica no Senado
Senador Magno Malta, um dos mais atuantes
O bloco evangélico também tem pouca influência individual. Somente quatro deles aparecem na lista dos cem parlamentares mais influentes do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), órgão de interlocução entre Congresso e entidades sindicais.
Por outro lado, muitos têm problemas com a Justiça: 32 são réus em processos no Supremo Tribunal Federal.

Falando sob a condição de anonimato, um deputado disse que vê três grandes grupos na chamada bancada: o núcleo duro, formado por pastores, como Feliciano; os que costumam aparecer quando convocados, caso de Garotinho; e os que praticamente não participam, incluindo Benedita.

AÇÃO FOCADA
"A Frente Parlamentar Evangélica defende a vida e a família", diz o deputado e pastor Roberto de Lucena (PV-SP), sobre o escopo da atuação do bloco.

Povo evangélico reunido em evento cidadão
Ele é um dos quatro vice-presidentes da bancada liderada por Paulo Freire (PR-SP), pastor e filho de José Wellington, presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil, principal entidade da maior denominação evangélica do país.

Lucena disse que só se lembra de duas votações em que a bancada se articulou.
O endurecimento da lei contra motoristas alcoolizados e o apoio a uma emenda que mantinha a proibição da venda de bebidas alcoólicas em estádios durante a Copa, ambas no ano passado.

No caso dessa emenda, 40 evangélicos apoiaram a proposta, incluindo três peemedebistas, contrariando a orientação partidária.
Lucena é o relator do controvertido projeto que permite psicólogos promoverem tratamento para "curar" a homossexualidade.
Nas comissões, a bancada evangélica é hegemônica só na de Direitos Humanos, presidida por Feliciano: são 7 dos 11 titulares, incluindo os três vice-presidentes.
Por FABIANO MAISONNAVEColaborou PAULO GAMA, de São Paulo. Disponível em http://www1.folha.uol.com.br/poder/2013/05/1284979-articulacao-da-bancada-evangelica-na-camara-e-praticamente-nula.shtml, acesso em 26 maio 2013.